Análise: É preciso ter calma com Endrick

Na noite desta quarta-feira o Palmeiras bateu o Bragantino por 2 a 0 no Allianz Parque pelo Campeonato Paulista. Vitória que deixa o Verdão ainda mais tranquilo na liderança geral da competição. Apesar da vitória uma cena chamou muito a atenção de todos. Endrick deixou o campo aos 14 minutos e ao sentar-se no banco colocou o colete sobre o rosto e assim ficou boa parte do restante do jogo.

Endrick passa por momento que poucas vezes passou durante sua curta carreira. Acostumado a sempre ser o destaque dos jogos nas categorias de base o jovem atacante que já está vendido ao Real Madrid por 400 milhões de reais. Na atual temporada o jovem de apenas 16 anos ainda não marcou gol nos 10 jogos que disputou. É uma situação nova que Endrick está encarando e terá que assimilar emocionalmente.

O treinador Abel Ferreira comentou o fato ocorrido: “só vi depois que me disseram. Não sou o pai dele, mas sou o treinador dele, dava-lhe só um abraço e diria para continuar a treinar como está a treinar porque tem uma carreira pela frente absolutamente extraordinária. Tem que ter calma e continuar a rir. E se lembrar da magia que quando foi à Disney e trazer toda essa alegria para dentro do coração dele. Depois tudo sai de forma natural”.

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Endrick no momento paga pela inexperiência. É natural da idade. É natural de todo jovem ter altos e baixos. A parte mais importante que Endrick deverá controlar é a parte emocional. Qualidade já mostrou que tem de sobra e é uma aberração fisicamente levando em conta sua pouca idade. Endrick tem todos os ingredientes para se tornar um daqueles talentos geracionais do futebol mundial, mas no momento o que ele tem que ter é calma.

Alguns já pedem para que Endrick seja sacado do time. Essa decisão poderia minar de vez toda a confiança do jovem atacante. Endrick já mostrou que pode ser usado em uma função pelas pontas. Como jogador de referência realmente não tem jogado tão bem. No Derby contra o Corinthians o treinador do Verdão mostrou uma variação interessante. No final do primeiro tempo do jogo Endrick e Rony mudaram de posição. O camisa 16 passou a jogar pela ponta esquerda e participou muito mais do jogo, mostrando uma arma muito forte que tem, que é a explosão e força física.

Endrick ainda tem apenas 16 anos e assim como todo jovem jogador que é integrado ao profissional terá que fazer algumas melhorias. O ponto fraco no jogo de Endrick tem sido a movimentação sem bola, isso pode ser até um pouco da falta de entrosamento, que é uma coisa que vai se adquirindo com o passar dos jogos.

Tirar Endrick não é solução. O jovem atacante está pagando pela enorme expectativa que se criou sobre ele. Cabe a Abel Ferreira seguir apostando no atacante de 16 anos e continuar dando confiança e tempo de jogo para que atinja todo seu potencial com a  camisa do Verdão.

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