No sufoco e nos pênaltis, Palmeiras bate o Atlético e está nas semifinais

O Palmeiras recebeu o Atlético/MG nesta quarta-feira às 21:30. A partida, que era o jogo de volta das quartas de final da Taça Libertadores, aconteceu no Allianz Parque. Após empate em 2 a 2 no Mineirão, qualquer novo empate levaria a disputa para os pênaltis. Com direito a duas expulsões, o Palmeiras foi valente, segurou o 0 a 0 e, nas alternadas, eliminou o Atlético/MG.

A bola rolou e o primeiro tempo começou bastante igual. Bastante estudado de ambos os lados. O Palmeiras até tentou fazer uma pressão inicial, marcando em cima a saída de bola do Atlético, mas pouco levou perigo com finalizações. As melhores chances vinham das jogadas de bola parada com Gustavo Scarpa. O Galo por sua vez, ia quebrando o ritmo do jogo, tentar esfriar o ímpeto do alviverde. Porém, quando tinha a bola, conseguia trocar passes e sair jogando desde sua área. O time mineiro também abusava da velocidade de seus pontas, principalmente com Ademir pela direita.

Hulk estava apagado. Tentou muito pouco e errou quase tudo. O jogo seguia bastante parelho. Os números mostravam que ninguém conseguia abafar o adversário. Muita disputa por cada metro quadrado de campo, por cada bola dividida. Até que aos 28 minutos, o lance principal da etapa inicial. Danilo deixou a sola em Zaracho. Falta duríssima. À princípio, Wilmar Roldán deu somente amarelo. Mas após chamado do VAR e revisão no monitor, o árbitro expulsou o volante palmeirense. Verdão com 1 a menos e mais de 60 minutos por jogar.

Abel então reorganizou o time. Deixou Dudu na referência, recuou Raphael Veiga e trouxe Rony e Scarpa para fechar as alas. O Galo cresceu um pouco no jogo, conseguiu ficar mais com a bola e chegar com certo perigo. Hulk tentou finalização para boa defesa de Wéverton. Mas o Palmeiras seguiu competindo. Batalhou, se adaptou a situação e conseguiu continuar jogando e tentando atacar. As bolas paradas continuaram sendo a principal esperança.

Fim de primeiro tempo. O Galo, com um a mais, precisava atacar, mas sem correr riscos. O adversário não era qualquer um. Já o Verdão, não poderia abdicar de atacar, mas deveria se cuidar para não se expor com um homem a menos.

Na segunda etapa, Cuca colocou Nacho para ter mais o controle do jogo. O Galo tinha mais a posse de bola e rondava a área do Palmeiras. Mas não conseguia criar chances claras de gol. O Verdão, por sua vez, conseguia sair em velocidade e buscar as jogadas de bola parada, onde levou muito mais perigo. Em certos momentos, com um jogador a menos, o Palmeiras parecia mais perto do gol do que o Atlético.

A partida se encaminhava para os pênaltis quando Gustavo Scarpa entrou de sola em Allan. Vermelho direto. Atlético, com dois jogadores a mais, se lançou de vez. A chance mais clara foi com o craque do time. Hulk recebeu dentro da área e bateu cruzado para fora. Chances que não se podem perder. Nos acréscimos, Hulk ainda tentou um cruzamento com curva, a bola passou por todo mundo, mas bateu na trave. Em seguida, ainda deu tempo de Vargas ser expulso, após levar o segundo amarelo por reclamação. O atleta quase agrediu Wilmar Roldán.

Fim dos 90 minutos. O Galo, que antes do jogo aceitaria os pênaltis, ficou com a sensação de que poderia ter ganho no tempo normal. O Verdão, empurrado pela torcida, segurou na raça e viu suas chances se igualarem.

Nas penalidades, tudo igual. Todos os batedores muito bem, acertando tudo. 5 a 5. Nas alternadas, Rubens, garoto da base, bateu muito mal e Wéverton defendeu. Coube a Murilo bater firme no canto e colocar o Palmeiras em mais uma semifinal.

Assim como no ano passado, o Galo teve a chance de eliminar o Palmeiras. Desperdiçou, novamente nos pés de Hulk. O time alviverde sai ainda mais fortalecido. Classificação gigante, que mantém vivo o sonho do tricampeonato consecutivo.

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